Deu-me na veneta para criar um blogue. Perguntou-me a Inês: como é que vais chamar ao teu blogue? Bicho do Mato. Porquê. Porque sou um bicho incerto, desarticulado e fugidio. É isso mesmo. Por cada dia que mourejo por aqui mais viro bicho matreiro, desconfiado e calejado. Da minha toca já vi muita coisa e já me canso de ver coisas. E quando tenho de vê-las arremelgo os olhos, penso um pouco e pergunto: será mesmo assim? Eriçam-se-me todos os pêlos pelas coisas mais insignificantes. Zango-me com coisas que oiço e não quero ouvir. Frases feitas, ideias sem nexo, gente inculta, palermas engravatados. Neste país toda a gente tem opinião sobre tudo, por vezes possuem mesmo 2 ou 3 opiniões sobre a mesma coisa, contraditórias e nem com eles mesmo estão de acordo. Portanto sou um bicho do mato, não gosto de confusões (nem de demasiada ordem), gosto do meu canto, dos meus frutos secos e de uma bebidazinha.
Já palmilhei muita estrada, muito monte e aglomerado. Já vi muitos povos, outras vidas e guerras. Sou de gente simplória e emigrante, do Alentejo e do sul. Já plantei árvores, escrevi livros e tive filhos. Vi morrer avós, tios e primos. Outros morreram-me estando vivos.
Como todos os bichos do mato sou curioso, atento e desafiador. E por vezes meto-me em alhadas que me espevitam por inteiro e me aquecem o sangue. Nunca quis ser conservador, retrógrado e desfasado dos tempos que construímos. Dou-me bem com algumas modernices mas detesto dependências. Odeio comportamentos estudados, certinhos e alarves. Passo bem sem muitas pessoas, muitas rotinas e obrigações.
Mas então o que é que me deu para criar um blogue? Creio que a necessidade de por cá fora outra forma de ver coisas de forma natural e de acordo comigo.
Já palmilhei muita estrada, muito monte e aglomerado. Já vi muitos povos, outras vidas e guerras. Sou de gente simplória e emigrante, do Alentejo e do sul. Já plantei árvores, escrevi livros e tive filhos. Vi morrer avós, tios e primos. Outros morreram-me estando vivos.
Como todos os bichos do mato sou curioso, atento e desafiador. E por vezes meto-me em alhadas que me espevitam por inteiro e me aquecem o sangue. Nunca quis ser conservador, retrógrado e desfasado dos tempos que construímos. Dou-me bem com algumas modernices mas detesto dependências. Odeio comportamentos estudados, certinhos e alarves. Passo bem sem muitas pessoas, muitas rotinas e obrigações.
Mas então o que é que me deu para criar um blogue? Creio que a necessidade de por cá fora outra forma de ver coisas de forma natural e de acordo comigo.
A blogosfera está agora mais rica - Welcome!
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